Nos casos mais graves, o elenco do Baruer se recusou a jogarm, enquanto Crac ameaçou fechar as portas
A crise financeira dos clubes brasileiros proporcionou situações inusitadas nos últimos dias. O Botafogo
conseguiu dinheiro para pagar parte dCom atraso de três meses no pagamento de salários e de seis na quitação
dos direitos de imagem dos jogadores, o Botafogo conseguiu, com a ajuda
do Sindeclubes (Sindicato dos Empregados em Clubes) do Rio, a liberação
de R$ 2,5 milhões para aliviar a dívida com atletas e funcionários. Mas,
na hora de dar os cheques, os dirigentes anunciaram que Bolívar,
Marcelo Mattos, Lucas, André Bahia, Ferreyra e Bolatti estavam fora do
bolo.
A alegação: o dinheiro não seria suficiente para todos e
que a Justiça condicionou a liberação da verba ao pagamento prioritário
aos funcionários com salários mais baixos. Revolta geral. Na última
sexta-feira, um alívio. Como o clube está com as contas bloqueadas, um
grupo de torcedores abastados se propôs a pagar os seis renegados e
também a garantir parte dos salários de todo o grupo até o final do ano.
Jogadores do Guarani receberam cheque sem fundo e alguns ameaçaram sair
No
Guarani, cheques sem fundo foram o problema. De acordo com o
vice-presidente do clube, Felipe Roselli, a quantia relativa aos
salários de junho foi repassada aos atletas com cheques de parceiros
ligados às publicidades no estádio Brinco de Ouro da Princesa. Quatro
atletas não conseguiram sacar o dinheiro, mas a situação foi resolvida
rapidamente.
"Os parceiros do clube trocaram os cheques por
dinheiro. Foi um mal-entendido", disse o dirigente, que assumiu o cargo
em abril. Segundo ele, a folha de pagamento do Guarani - que disputa a
Série C do Brasileiro e está a uma posição da zona do rebaixamento - é
de R$ 700 mil, incluindo o futebol profissional, a base e o clube
social. A comissão técnica está com os salários em dia, mas metade dos
jogadores ainda não recebeu os vencimentos de julho, que deveriam ser
pagos no último dia 20.
AMEAÇA DÁ RESULTADO O
Crac precisou apelar para garantir um repasse emergencial da prefeitura
de Catalão. Na última terça, o presidente do clube, Elson Barbosa,
afirmou que o clube desistiria de disputar a Série C porque estava
"abandonado, sem condições de nada, mergulhados em uma crise sem fim".
Reflexo de um convênio com o poder público não cumprido.
Após a
crise ser exposta, a prefeitura resolveu agir e, com a ajuda de
parceiros, garantiu o repasse da verba. "A sociedade se comoveu com a
nossa situação. Fizeram uma grande campanha e o prefeito garantiu que
irá ajudar o clube em caráter de urgência", disse Barbosa. De acordo com
ele, duas folhas de pagamentos estão atrasadas. No total, o clube
goiano receberá o valor de R$ 480 mil, dividido em quatro parcelas.
O
Barueri não conseguiu dinheiro para pagar os jogadores até a tarde da
última sexta (dois meses de salários e quatro de direito de imagens) e à
noite os jogadores não entraram em campo pela Série D. O jogo na Arena
Barueri seria contra o Operário-MT, que venceu por W.O.
Barueri fez greve e não entrou em campo; time do Operário-MT fez protesto em solidariedade
Os
jogadores do time da Grande São Paulo estão respaldados pelo artigo 32
da lei 9.615/98, que diz ser lícito ao atleta profissional recusar-se a
competir quando está com dois ou mais meses de salários atrasados. Negam
estar em greve, pois treinam normalmente, mas só voltarão a jogar após
receberem. Os jogadores do Paraná podem ser os próximos a
optar pela paralisação. Há casos de atrasos de salário de até sete meses
e os atletas decidiram que se a diretoria do clube não apresentar uma
solução até esta terça, vão parar
os salários atrasados, mas
inicialmente iria deixar seis jogadores do elenco a ver navios; o Guarani pagou
atletas com cheques sem fundo; o Crac ameaçou abandonar o Campeonato
Brasileiro da Série C por não receber a verba prometida pela prefeitura
da cidade goiana de Catalão; e o Barueri simplesmente não entrou em campo para partida da Série D em protesto contra o atraso dos salários.Globoesporte.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário