O país do quimono? Judô banca o Brasil no primeiro dia com disputa de medalhas
Érika Miranda ganha o primeiro ouro em noite inspirada do país nos tatames. Nas piscinas, falhas e frustração. Relembre como foi o sábado dos Jogos Pan-Americanos de Toronto
Durante a comemoração por uma vitória fulminante na decisão até
52 kg, Érika Miranda e sua técnica Rosi Campos alternavam frases
tomadas de pura euforia com declarações que sublinham toda a confiança
com a que os judocas brasileiros chegam aos Jogos Pan-Americanos.
No
primeiro dia com disputa de medalhas, a atleta de 28 anos liderou uma
noite de conquistas para a modalidade, que ainda levou uma prata com
Felipe Kitadai e um bronze com a estreante Nathália Brígida .
“O judô do Brasil tem a responsabilidade de levar 14 medalhas. Estamos
só começando", disse a treinadora Rosi Campos, mandando recado aos
concorrentes.
“Somos o país do futebol, mas quem manda é o
quimono", disse Érika, ao “SporTV”, depois de um desempenho realmente
arrebatador na decisão, derrubando a anfitriã canadense Ecaterina Guica
em dois movimentos consecutivos.
As três medalhas,
uma de cada cor, põem esse país do quimono na primeira colocação –
provisória, claro – do quadro de medalhas do judô, acima de Cuba, que
também ganhou uma trinca, mas sendo uma de ouro e duas de bronze. No ranking geral, foi o suficiente para tirar o Brasil da lista dos zerados para a sétima posição no geral.
Foi
aí que se confirmou também mais uma medalha de prata, a primeira fora
do tatame, com a equipe masculina de ginástica artística brilhando na
metrópole canadense. Mesmo com um grupo desfalcado de Diego Hypólito e
Sérgio Sasaki, preservados para o Mundial, em recuperação de lesão.
Somando essa posição, a delegação brasileira então subiu mais alguns
degraus e ficou em quinto neste sábado.
Francisco Júnior vibra ao concluir exercício nas barras paralelas.. Foto: Gregory Bull/AP
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Missão brasileira:
do triatlo à maratona aquática, os brasileiros que caíram na água neste
sábado não conseguiram medalhar. A frustração maior parece ter ficado
para as garotas do nado sincronizado, que ficaram com o quarto lugar na
competição por equipe. Elas entraram na piscina com ambição, mas uma combinação de carnaval até com passos de funk acabou não valendo a medalha na opinião dos jurados.
Nos saltos ornamentais, o experiente saltador César Castro falhou justamente no salto em que se sente mais confortável e
perdeu pontos preciosos na disputa pelo pódio. Ele fez uma campanha de
reação durante a final do trampolim, mas parou no quarto lugar. Na
plataforma de 10m, Ingrid de Oliveira ficou em sexto. Ela revelou que passou uma noite de choro e pouco sono depois de um erro que lhe rendeu uma nota zero na primeira fase.
Quantas medalhas faltam para a meta do COB? Agora, 137. Para o comitê brasileiro, o cenário ideal é superar o total de pódios de Guadalajara-2011 (141).
Para todos: 12 países diferentes conseguiram colocar ao menos um atleta no pódio. Tudo começou com o Canadá, na canoagem de velocidade, com Michelle Russell, Emilie Fournel, Kc Fraser e Hannah Vaughan, no K4 500 m.
Um causo:
a final do BMX deixou a venezuelana Stephany Hernández com lágrima nos
olhos. Não necessariamente por ela ter ficado fora do pódio. A ciclista acusou uma de suas adversárias de ter tomado uma atitude desleal provocando
um acidente feio. Só não quis identificar a autora. Priscila Carnaval e
Anderson Ezequiel foram à final, mas terminaram, respectivamente, em
quarto e quinto.
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