Neymar não sabe o que é gol pela seleção há 11 meses e tenta reviravolta
Com 23 anos, Neymar já havia se tornado o quinto
maior artilheiro de toda a história da seleção brasileira com 46 gols
marcados. Os últimos meses do atacante com a camisa amarelinha,
entretanto, invertem essa lógica, que será colocada à prova nesta
quarta-feira, contra a Dinamarca, em Salvador.
O jejum particular do atacante é de sete
jogos com a camisa da seleção, entre compromissos com a principal e as
três partidas recentes pelo time Sub-23. Neymar não marca um gol desde 8
de setembro do ano passado, quando anotou no amistoso Brasil 4 x 1
Estados Unidos.
Se forem contabilizados somente jogos oficiais, o
registro é ainda mais antigo: estreia na Copa América contra o Peru, em
junho de 2015, em que Neymar fez o primeiro gol da vitória da então
seleção de Dunga – ele ainda daria a assistência para Douglas Costa
fazer o segundo naquela noite, no Chile.
Na Olimpíada, Neymar tem
dado sinais de que a falta de gols mexe com ele. O atacante foi quem
mais finalizou a gol na estreia contra a África do Sul e se dedicou
pouco ao jogo coletivo. Algo que, no amistoso preparatório contra o
Japão, já havia se evidenciado. Já diante do Iraque, o atacante buscou
mais tabelas, arrancou menos com a bola e mesmo assim a equipe não
funcionou. Ele, a rigor, foi bem menos perigoso que nas partidas
anteriores.
A situação de jejum é absolutamente atípica para
Neymar, que nunca passou tanto tempo sem fazer gols pela seleção. A
escalada até os 46 gols alcançados no ano passado foi quase tão rápida
quanto a de Pelé e fez com que ele deixasse jogadores históricos como
Bebeto (39 gols), Rivaldo (34), Jairzinho (33), Ronaldinho (33), Ademir
Menezes (32) e Tostão (32) para trás.