Nordeste brasileiro enfrenta a maior seca de sua história
O Nordeste brasileiro enfrenta a seca mais longa desde que começaram as
medições pluviométricas. Desde 2010, a região está com chuvas abaixo da
média. A região é naturalmente vulnerável às variações pluviométricas.
Os registros históricos e, mais recentemente, os dados do volume de
chuvas mostram que o Nordeste foi assolado pelo menos 84 vezes por
períodos de estiagem prolongada.
VEJA viajou por 1 200 quilômetros para descrever como a seca que está
sendo considerada como a maior da história está afetando os mais de 23
milhões de brasileiros que vivem no semiárido nordestino – a região seca
mais densamente povoada do planeta. A reportagem que está publicada na
edição da revista desta semana, descreve o impacto econômico e os
efeitos ecológicos do fenômeno. Além disso mostra como os sertanejos se
fortaleceram para enfrentar a seca que, apesar de ser a mais duradoura,
não tem sido capaz de flagelar a região como no passado.
Um dos efeitos inéditos da seca atual é a ameaça sobre os grandes
centros urbanos. Cidades como médias como Campina Grande, na Paraíba,
estão sob risco de colapso de abastecimento. A região metropolitana de
Fortaleza, no Ceará, está ameaçada de racionamento. O açude Castanhão,
de onde sai a água que abastece os quase 4 milhões de habitantes da
capital cearense se seu entorno, está com pouco mais de 5% de sua
capacidade. Com o atual ritmo de consumo, o reservatório só é capaz de
prover a população até março.
Fonte: Veja
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