quinta-feira, 4 de junho de 2020

Machadão erguido há 52 anos e demolido há nove


Como diria o pesquisador de futebol potiguar, Ribamar Cavalcante. Se o Machadão estivesse vivo, nesta quinta-feira, completaria 52 anos de existência. É que, no dia 4 de junho de 1972, a cidade de Natal amanheceu em festa para receber a inauguração do então estádio Humberto de Alencar Castelo Branco, posteriormente - em 1989 - denominado de João Cláudio de Vasconcelos Machadão, ou simplesmente, Machadão.
Projetado pelo arquiteto norte-rio-grandense, Moacyr Gomes da Costa,  era considerado um dos mais belos estádios do Brasil, tanto assim que foi chamado pelo então governador do Rio Grande do Norte, José Cortez Pereira, de "um poema de concreto".
Inicialmente, o estádio tinha capacidade para 57.000 pessoas. No dia 4 de julho de 1976, dois anos depois de seu funcionamento,  recebeu oficialmente o recorde de público: 54.486 pessoas, no clássico entre ABC e América, vencido pelo alvinegro por 2 a 1. O confronto foi válido pelo Estadual daquele ano.
Além de receber partidas de futebol, o Machadão, de propriedade do município de Natal e gerido pela Secretaria de Esportes e Lazer, recebia em seus arredores o Carnatal, shows, circos e parques de diversão.  Como cartão postal da cidade, o estádio ficou erguido até que, entre 21 de outubro de 2011 e 25 de novembro do mesmo ano, foi demolido para dar lugar ao Arena das Dunas, que sediou uma das chaves da Copa do Mundo de Futebol de 2014.
Além do Machadão, também foram embrulhados no mesmo pacote de demolição, o ginásio poliesportivo Humberto Nesi - Machadinho -, o kartódromo Geraldo Melo e a creche Kátia Fagundes Garcia. Aliás, a demolição dos três equipamentos esportivos foi sempre lamentada pela imprensa e por grande parte da população. A da creche - a prima pobre -, porém, nunca foi sequer lembrada.
Foto: divulgação
Por Esporte Amador RN

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