Como diria o pesquisador de futebol potiguar, Ribamar Cavalcante. Se o
Machadão estivesse vivo, nesta quinta-feira, completaria 52 anos de
existência. É que, no dia 4 de junho de 1972, a cidade de Natal
amanheceu em festa para receber a inauguração do então estádio Humberto
de Alencar Castelo Branco, posteriormente - em 1989 - denominado de João
Cláudio de Vasconcelos Machadão, ou simplesmente, Machadão.
Projetado pelo arquiteto norte-rio-grandense, Moacyr Gomes da Costa, era considerado um dos mais belos estádios do Brasil,
tanto assim que foi chamado pelo então governador do Rio Grande do Norte, José Cortez Pereira, de "um poema de concreto".
Inicialmente, o estádio tinha capacidade para 57.000 pessoas. No dia 4
de julho de 1976, dois anos depois de seu funcionamento, recebeu
oficialmente o recorde de público: 54.486 pessoas, no clássico entre ABC
e América, vencido pelo alvinegro por 2 a 1. O confronto foi válido
pelo Estadual daquele ano.
Além de receber partidas de futebol, o Machadão, de propriedade do
município de Natal e gerido pela
Secretaria de Esportes e Lazer, recebia em seus arredores o Carnatal,
shows, circos e parques de diversão. Como cartão postal da cidade, o
estádio ficou erguido até que, entre 21 de outubro de 2011 e 25 de
novembro do mesmo ano, foi demolido para dar lugar ao Arena das Dunas,
que sediou uma das chaves da Copa do Mundo de Futebol de 2014.
Além do Machadão, também foram embrulhados no mesmo pacote de demolição,
o ginásio poliesportivo Humberto Nesi - Machadinho -, o kartódromo
Geraldo Melo e a creche Kátia Fagundes Garcia. Aliás, a demolição dos
três equipamentos esportivos foi sempre lamentada pela imprensa e por
grande parte da população. A da creche - a prima pobre -, porém, nunca
foi sequer lembrada.
Foto: divulgação
Por Esporte Amador RN
Nenhum comentário:
Postar um comentário