segunda-feira, 23 de maio de 2022

Morre Wendell, ex-goleiro do Botafogo e Fluminense

 


Em pé: Mauro Cruz, Nei Conceição, Wendell, Djalma Dias, Osmar e Valtencir. Agachados: Zequinha, Carlos Roberto, Roberto Miranda Jairzinho e Careca. Foto enviada por Walter Roberto Peres e publicada na Revista Placar

Wendell, goleiro que marcou época no futebol carioca por Botafogo e Fluminense, morreu nesta segunda-feira (23) aos 74 anos, em São Lourenço do Oeste (SC). A causa da morte, até o momento, não foi divulgada, bem como local e horários das cerimônias fúnebres.

Pernambucano de Recife, onde nasceu em 21 de novembro de 1947, Wendell Lucena Ramalho começou sua carreira pelo Botafogo (RJ), e em seguida defendeu o Santa Cruz (PE). Regressou ao time da estrela solitária, onde permaneceu por mais tempo e depois atuou pelo Fluminense, 

Voltou à capital pernambucana para novamente defender a meta do Santa Cruz e depois jogou por Guarani (SP), Vila Nova (GO) e Ferroviário (CE), este seu último clube profissional.

Entre 1973 e 1974, quando era goleiro do Botafogo, foi convocado para representar a Seleção Brasileira. Aliás, era o favorito para ser o titular da meta canarinho na Copa de 1974, na Alemanha, mas uma lesão, às vésperas da competição, o impediu de estar presente naquele Mundial.

Wendell se contundiu no menisco de seu joelho direito em um amistoso contra o clube Racing Strasbourg, em Estraburgo, na França, partida que terminou empatada em 1 a 1, no dia 30 de maio de 1974. Waldir Peres (1951-2017), então no São Paulo, foi convocado para o seu lugar, e Emerson Leão foi o titular da meta brasileira naquela Copa. O outro goleiro convocado foi Renato, então no Flamengo

Wendell Trabalhou como preparador de goleiros nas Copas do Mundo de 1994, 1998 e 2006.

Taffarel, goleiro do Brasil nas Copas de 1994 e 1998, que hoje trabalha como preparador de goleiros da Seleção, foi treinado por Wendell e lamentou a morte do ex-goleiro, em nota oficial divulgada pela CBF.

Fiquei realmente muito triste, porque nós tínhamos um bom relacionamento. Toda vez que eu ia para a Seleção a gente sempre trocava ideia, eu contava as novidades, tudo aquilo que estava acontecendo ali dentro da Seleção com os goleiros, pedia muito a opinião dele também. Foi um treinador que me ajudou bastante na Seleção Brasileira, nós convivemos por muitos anos. Eu espero que a família toda possa estar sendo confortada nesse momento difícil. Vejo a repercussão nos grupos de jogadores de 94 e 98, todo mundo bastante triste, chateado. Hoje a gente perde uma grande pessoa. Que Deus o tenha", lamentou Taffarel.

Um dos mais belos gols marcados por Roberto Dinamite (Vasco) foi na meta defendida por Wendell, então no Botafogo. O atacante cruzmaltino matou a bola no peito, deu um chapéu no zagueiro Osmar Guarnelli e arrematou sem pulo, indenfensável para o agora saudoso Wendell.

Fonte: terceirotempo.uol.com.br

 

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