quinta-feira, 24 de abril de 2008

CÂMARA LIBERA VENDA DE BEBIDAS EM ESTRADAS URBANAS


Hugo Leal, relator da MP, disse que índices de acidentes estão relacionados à embriaguez ao volante.

A Câmara dos Deputados aprovou um texto mais brando para a medida provisória (MP) que proíbe a venda de bebidas alcoólicas em rodovias federais. Por causa de um acordo fechado entre base aliada e Planalto, a proibição ficou restrita a áreas rurais, sendo liberada a venda no perímetro urbano - que não estava prevista no texto original. A matéria ainda precisa ser aprovada pelo Plenário do Senado.

Apesar do relaxamento da MP no quesito venda de bebidas, os deputados aprovaram mudanças mais rígidas para quem for pego dirigindo após ingerir álcool.

Ficou definido que quem passar pelo teste do bafômetro apresentando mais de 0,6 decilitros de álcool por litro de sangue (equivalente a uma taça de vinho) será detido e, se estiver envolvido em algum crime de trânsito, terá que responder ao processo preso.

Além disso, quem for pego pela fiscalização e tiver ingerido menos de 0,6 decilitros de álcool (equivalente a uma taça de vinho e a 300 ml de cerveja) - mesmo que não tenha cometido nenhum delito - terá a carteira de motorista suspensa por 12 meses além de ter que pagar multa. Com a decisão, o motorista que dirigir com qualquer nível de álcool no sangue sofrerá algum tipo de penalidade.

O líder do governo na Câmara, deputado Maurício Rands (PT-PE) comemorou a votação. "Antes o objetivo da medida provisória era limitar a venda. Agora, vamos aumentar a fiscalização e penalizar quem dirige alcoolizado", disse.

O líder do DEM, ACM Neto (BA), lamentou a aprovação da medida. "Não pensem que a aprovação dessa MP vai resolver todos os problemas de acidente de trânsito desse País. Ora, vamos abrir os olhos, e os buracos nas estradas? E a falta de conservação nas rodovias federais e estaduais desse País?", questionou.

Já o autor do paracer da MP, deputado Hugo Leal (PSC-RJ), comemorou a aprovação da matéria. "São correções da lei atual que são necessárias e entendemos que precisavam ser feitas agora que estamos debatendo o tema", disse.

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