Com todo o confete jogado em cima de Thiago Potiguar - que chegou como um ilustre desconhecido ao Paysandu e agora é festejado por todos -, é possível que ele não custe a vestir a camisa de outro time. Peça indispensável na equipe titular de Charles Guerreiro, o desempenho do atleta chama atenção e os comentários após a partida em que o alviceleste goleou o Águia com seis gols seguiam pelo mesmo rumo: se tinha olheiro para ver o desempenho de Moisés dentro de campo, ele deve ter atentado para a atuação de Potiguar.
Portanto, se ao Papão será difícil segurar Moisés após o Paraense, a coisa não muda de figura quando o assunto é Thiago. Com essa questão, a equipe do Bola foi atrás do jogador e questionou até quando ele se imagina vestindo a camisa bicolor? “O meu contrato vai até dezembro (de 2010), mas estou tranquilo. Espero fazer uma história no Papão e meu objetivo é fazer subir o time da Série C para a B”, discursa.
Contudo, cutucamos mais uma vez. E se aparecer uma proposta de um time de grande expressão antes do Brasileiro? “Acho que todo o sonho de jogador é ir para um time maior, cada vez mais. Até agora não apareceu nada, mas tenho certeza que quando aparecer, para fora do Brasil, ou aqui mesmo, eu vou ter que abraçar. Estou tranquilo se aparecer agora ou depois”, pontua.
Sobre a multa rescisória, em caso de sair antes do tempo previsto em contrato, Potiguar afirma ser alta. “Chega a uns três milhões de reais. Mas se depender (do interesse) de algum time grande aí, conversando com o presidente, a gente chega a um acordo”, explica, sempre preocupado em dizer que seu foco é o bicolor no momento.
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Uma coisa é inegável, Thiago Potyguar pode ser uma “galinha dos ovos de ouro” para o Paysandu e o Potyguar de Currais Novos (RN), que podem engordar o caixa com uma possível venda do jogador. Do lado da diretoria de futebol do Paysandu, quem comenta a situação de Thiago Potyguar é Fred Carvalho, que explica como se dá a relação entre o jogador, o clube paraense e o clube do Rio Grande do Norte.
“A gente acertou um empréstimo até o fim do ano junto ao Potyguar. Temos uma parceria em cima de uma possível venda dele de 50% para cada clube sobre o valor negociado. Como vimos que ele tem um bom potencial para o Paysandu dentro e fora do campo, o presidente (Luiz Omar Pinheiro) foi a Currais Novos (RN) e acertou que assim que terminar o contrato dele, será renovado nessas mesmas bases”, esclarece.
Sobre o valor da multa, que chegaria à cifra de três milhões de reais, o diretor informa como seria a divisão. “O Thiago é um jogador do Potyguar, mas com o acordo que fizemos entre os dois clubes, esse valor seria dividido. Agora, se o presidente de lá receber uma proposta por ele de 1,5 milhão de reais e quiser vendê-lo, ele tem que entrar em acordo com a gente para chegarmos a um valor em comum”, ilustra, informando que a situação é semelhante a de Fabrício. “É a mesma coisa do Fabrício, só que ele é do Boavista”, afirma Carvalho.
Fonte: Diário do Pará
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