Dedé de Dora
HISTÓRIA - Dedé de Dora, um talento que perdeu uma grande oportunidadeEveraldo Lopes - Repórter e Pesquisador
Os abecedistas mais jovens, com certeza nada sabem com respeito a meiocampista Dedé de Dora, a partir até do próprio nome estranho para um jogador de futebol. Dedé de Dora veio de Currais Novos com fama de craque e a curiosidade dos que queriam saber o porquê de apelido tão estranho. Na verdade, Dedé vem do hábito de quem se chama José, e no caso é pelo fato de ser filho de dona Dora, senhora muito querida por toda vizinhança em Currais Novos, onde morava. O importante é que o menino era craque, o ABC estava ganhando um grande jogador. A prova é que foi campeão pelo ABC e pelo América e, só não foi mais além porque sua permanência no Cruzeiro não foi prorrogada.
A esta altura, o leitor menos avisado quer saber o que tem Dedé de Dora a ver com o momento atual do futebol do RN. Dedé de Dora foi um dos maiores meiocampistas que pisaram o gramado do Machadão. No auge de sua bola, aos 24 anos, foi emprestado ao Cruzeiro/MG, num tempo em que era um orgulho para o RN ter um craque seu jogando no Cruzeiro. Já teve Nonato e agora tem Sandro, infelizmente ainda contundido. Dedé não decepcionou, foi titular do time estrelado, mas na hora de renovar o empréstimo o presidente do ABC, Ruy Barbosa balançou o dedinho fazendo sinal negativo: Novo empréstimo não! .
A cessão ao Cruzeiro teve a duração de seis meses. O meia aprovou inteiramente, fez gol no Mineirão, foi notícia positiva na imprensa, e tudo isso alertou o ABC para que tentasse vender o seu ídolo. Quando o Cruzeiro fez a primeira investida, assombrou-se com a pedida do ABC: CR$ 200 milhões pelo liberatório! Claro, o país vivia a desgraça de uma inflação insustentável, talvez essa soma correspondesse, hoje, a Cr$ 800 mil a um milhão. O clube mineiro ofereceu importância bem menor por um novo empréstimo, porém foi rechaçada pelo ABC. E Dedé de Dora voltou pra Natal. Para completar o azar, contundiu-se e passou mais de um ano parado, porém reagiu a tempo e ainda se sagrou campeão em 88 jogando pelo América.
Time campeão de 83 era formado com Lulinha, Alexandre, Joel Celestino, Arié e Luiz Antônio, Gelson, Dedé de Dora e Marinho Apolônio, Curió, Silva e Reinaldo (Djalminha), o treinador era Valdemar Carabina. Bicampeão em 84, formou com Carioca, Joel, Lucio Sabiá, Sérgio Poti eWassil, Arié, Nicácio e Dedé de Dora, Curió, Quinho e Tião, tendo como treinador, Ferdinando Teixeira ganhando seu primeiro título.
Do Blog Terradaxelita: Dedé foi o maior jogador do Potyguar de currais novos de todos os tempos.
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