domingo, 31 de outubro de 2010

Dilma Rousseff, eleita neste domingo como primeira mulher eleita presidente do Brasil

Dilma Rousseff, eleita neste domingo como primeira presidente do Brasil com 56,01% dos votos e que sucederá seu padrinho político, Luiz Inácio Lula da Silva, terá como aliados os governadores de 16 dos 27 estados do país.

A vitória dos candidatos governistas em cinco das nove eleições para governador que foram decididas hoje em segundo turno deixou definido o mapa político regional do Brasil a partir de 1º de janeiro, quando a presidente e os novos líderes estaduais assumirão seus mandatos.

Esse novo mapa político ficou majoritariamente pintado do vermelho do PT e de seus aliados, embora com algumas importantes manchas azuis do PSDB, e das outras forças que apoiaram o candidato derrotado à Presidência, José Serra, que obteve 43,99% dos votos.

Apesar do apoio majoritário que Dilma terá entre os Governos estaduais, o PSDB de Serra será individualmente o partido com maior número de governadores (oito), incluindo os de São Paulo e Minas Gerais, os dois maiores colégios eleitorais do Brasil.

Além desses dois importantes estados, onde ampliou sua hegemonia, o PSDB também ganhou em primeiro turno, no último dia 3, os governos do Paraná e Tocantins, e hoje venceu em Goiás, Alagoas, Roraima e Pará.

A vitória da candidata apoiada por Lula não impedirá que a principal força de oposição governe os estados nos quais vivem cerca de 64,2 milhões dos eleitores brasileiros, o que representa 47,5% do total.

Os partidos que apoiam Lula e que respaldaram a candidatura de Dilma governarão em 16 estados, e a oposição em 10. No entanto, Omar Aziz, apoiado tanto por governistas como por opositores, governará o estado do Amazonas.

No Brasil, os estados têm ampla autonomia, mas o apoio dos Governos estaduais ao chefe de Estado é considerado vital devido à capacidade que os governadores têm de aglutinar o apoio dos senadores e deputados de seus respectivos estados sem importar o partido.

Dilma, escolhida a dedo por Lula para sucedê-lo, contará com o apoio majoritário tanto no Senado como na Câmara dos Deputados graças ao amplo triunfo dos governistas nas eleições de 3 de outubro, mas a fidelidade dos governadores aliados servirá para afirmar esse respaldo.

O PT da presidente eleita governará cinco estados (Acre, Rio Grande do Sul, Bahia, Sergipe e Distrito Federal) e seu principal aliado, o PMDB, governará em outros cinco (Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Rio de Janeiro).

O PT tinha garantido quatro governos no primeiro turno e hoje assegurou o mais importante entre os que estavam em disputa, o do Distrito Federal, onde venceu o deputado e ex-ministro de Esportes, Agnelo Queiroz.

O PMDB, o partido com maior representação no Senado e segundo na Câmara dos Deputados depois do PT, também tinha obtido quatro Governos regionais no primeiro turno e hoje somou o de Rondônia com a vitória de Confúcio Moura.

A grande surpresa nas eleições deste ano foi o PSB, outro importante aliado de Lula e Dilma, que governará em seis estados.

O PSB, que já havia eleito governadores com votações recorde no primeiro turno em Pernambuco, Espírito Santo e Ceará, venceu hoje no Amapá, Piauí e Paraíba.

O DEM ficou com os Governos de Santa Catarina e do Rio Grande do Norte.

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