- Matéria retirada do site Jornal da Madeira
“Em relação à Educação Física, vem diminuir as condições do seu desenvolvimento curricular”, disse hoje à agência Lusa Marco Onofre, da Sociedade Portuguesa de Educação Física (SPEF), defendendo que a reforma prejudica a qualidade de formação dos alunos nesta área disciplinar.
Os professores contestam a possibilidade de as horas consagradas à Educação Física no 3.º Ciclo poderem ser reduzidas, bem como no Ensino Secundário. “Esta lei define que os mínimos para as horas de Educação Física sejam abaixo daquilo que estava regulamentado anteriormente”, lamentou.
O peticionário argumentou estar em causa uma redução que, em teoria, “pode ser ao mínimo de zero minutos, no 3.º Ciclo, se a escola assim o entender” e que, no secundário, é “objetivamente de 30 minutos”.
Passando de 180 minutos semanais para os 150 minutos, em termos anuais, o resultado será de “menos um mês meio de aulas no final do ano”, exemplificou.
Os professores alegam que todas as orientações nacionais e internacionais apontam para a necessidade de apostar na atividade física como forma de combate à obesidade infantil.
Em termos de redução de professores, a medida pode fazer com que, em média, haja menos um docente por cada ano nas escolas.
Os profissionais de Educação Física consideram também que a sua área de ensino fica diminuída com a decisão de deixar de contar para a média de acesso ao Ensino Superior.
“É uma desvalorização só possível há 40 ou 50 anos atrás”, criticou.
Além da SPEF, promovem esta petição o Conselho Nacional das Associações de Professores e Profissionais de Educação Física (CNAPEF).
O documento espelha “profunda indignação e total discordância” com as decisões do Ministério da Educação em relação a esta matéria. Os professores têm esperança de que a legislação entretanto produzida possa ser alterada.
*Matéria retirada do site Jornal da Madeira
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