Você sabia??
Teve homem condenado a cinco anos de prisão por ter roubado um galo e uma galinha
É na Sexta-feira da Paixão, quando os cristãos relembram a crucificação e a morte de Jesus Cristo, que ocorre uma tradição curiosa: a de furtar galinhas. O crime muitas vezes levado em tom de brincadeira pode parar na Justiça e até resultar em condenação.
Difícil saber
quando essa tradição começou, mas a origem da prática tem versões para
justificá-la. A Sexta-feira da Paixão é marcada pela morte de Cristo. As
pessoas aproveitariam o dia em que o Senhor está morto, de forma que
não vê os pecados cometidos, para praticar pequenos delitos. E, como a
tradição recomenda o peixe como única proteína do dia, as galinhas
viraram um alvo para a ceia do Sábado de Aleluia, quando os religiosos
se preparam para o Domingo de Páscoa. Ou seja, da ressurreição.
Quem
conhece o interior sabe que, na Sexta-feira da Paixão, os criadores de
galinha são capazes de dormir no galinheiro na tentativa de frustrar um
possível furto.
O que talvez não se saiba é que roubar galinhas
pode resultar em processo na Justiça, indo parar até no Supremo Tribunal
Federal, o STF. É o que aconteceu com um homem chamado Afanásio
Guimarães, que foi réu por ter se apropriado de duas galinhas de um
vizinho em Minas Gerais.
Em Pernambuco, Juvenal Gomes do
Nascimento chegou a ser condenado a cinco anos de prisão em regime
semi-aberto por ter roubado um galo e uma galinha de uma granja.
“Roubar
uma galinha na zona rural é tão grave quanto o roubo de um celular na
cidade. Se você não prender o ladrão, pode ter certeza que o trabalhador
rural que, muitas vezes, cria as aves para se alimentar, vai condenar:
se prendem ladrão de carro de fazendeiro, por que não prendem quem rouba
a minha galinha?”, sintetizou o juiz Caio Neto Oliveira Freire,
responsável pela sentença.
PortalnoAr
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