sábado, 28 de novembro de 2020



Bernadete Xavier: a professora "mártir da ciência" que emocionou o mundo

 





Símbolo de entusiasmo, fortaleza, ânimo e espírito de bravura, a professorinha de Currais Novos mobilizou o país em prol da luta contra o câncer.

Bernadete Xavier nasceu em Currais Novos em 26.11.1927, filha de Miguel Xavier e Severina Xavier. Estudou o primário em Currais Novos e o secundário em Natal, onde tornou-se professora. Ao retornar para sua cidade, lecionou no Grupo Escolar Capitã-Mor Galvão, além de ser uma das pioneiras da educação física no município.

Em uma aula de Voleibol (ela foi a pioneira da modalidade em Currais Novos), se desequilibrou e caiu, machucando o braço direito. Buscou atendimento médico em Currais Novos, sendo transferida para Natal onde não diagnosticaram com precisão a lesão que tanto a incomodava. Bernadete economizou parte do salário de professora e buscou tratamento em Recife, em 1953, descobrindo um tumor maligno no osso e um processo tumoral no pulmão direito. Operada, voltou para Currais Novos, mas logo regressou à capital pernambucana em 1954, onde fez uma 2ª operação, iniciando o tratamento com Dr. Vlademir Lopes, diretor do Hospital de Cancerosos do Recife.

A luta contra o câncer a fez mobilizar a sociedade em busca de uma melhor estrutura para o Hospital. Iniciou a campanha para a reconstrução do Hospital de Câncer, ganhou apoio da população, dos Diários e Rádios Associados, políticos, e sua iniciativa foi destaque no Brasil e no mundo. Conseguiu tratamentos com médicos em São Paulo e Rio de Janeiro, e comoveu artistas e a imprensa com sua mensagem de otimismo. Condenada à morte, queria ajudar outras pessoas com a mesma doença. Os presidentes Café Filho e Juscelino Kubitsckeek contribuíram com sua luta em prol da construção do Hospital.

A Miss Brasil Martha Rocha, estrelas do cinema brasileiro, TV Tupi, Rádio Nacional, e diversos veículos de imprensa, se mobilizaram em prol da campanha de Bernadete. Em entrevista à revista americana TIME, disse: “Minha morte será mais útil que minha vida. O povo não esquecerá". Em janeiro de 1958, a primeira dama Sarah Kubitschek atendeu ao pedido de Bernadete e a presento

Bernadete Xavier: a professora "mártir da ciência" que emocionou o mundo

Símbolo de entusiasmo, fortaleza, ânimo e espírito de bravura, a professorinha de Currais Novos mobilizou o país em prol da luta contra o câncer.

Bernadete Xavier nasceu em Currais Novos em 26.11.1927, filha de Miguel Xavier e Severina Xavier. Estudou o primário em Currais Novos e o secundário em Natal, onde tornou-se professora. Ao retornar para sua cidade, lecionou no Grupo Escolar Capitã-Mor Galvão, além de ser uma das pioneiras da educação física no município.

Em uma aula de Voleibol (ela foi a pioneira da modalidade em Currais Novos), se desequilibrou e caiu, machucando o braço direito. Buscou atendimento médico em Currais Novos, sendo transferida para Natal onde não diagnosticaram com precisão a lesão que tanto a incomodava. Bernadete economizou parte do salário de professora e buscou tratamento em Recife, em 1953, descobrindo um tumor maligno no osso e um processo tumoral no pulmão direito. Operada, voltou para Currais Novos, mas logo regressou à capital pernambucana em 1954, onde fez uma 2ª operação, iniciando o tratamento com Dr. Vlademir Lopes, diretor do Hospital de Cancerosos do Recife.

A luta contra o câncer a fez mobilizar a sociedade em busca de uma melhor estrutura para o Hospital. Iniciou a campanha para a reconstrução do Hospital de Câncer, ganhou apoio da população, dos Diários e Rádios Associados, políticos, e sua iniciativa foi destaque no Brasil e no mundo. Conseguiu tratamentos com médicos em São Paulo e Rio de Janeiro, e comoveu artistas e a imprensa com sua mensagem de otimismo. Condenada à morte, queria ajudar outras pessoas com a mesma doença. Os presidentes Café Filho e Juscelino Kubitsckeek contribuíram com sua luta em prol da construção do Hospital.

A Miss Brasil Martha Rocha, estrelas do cinema brasileiro, TV Tupi, Rádio Nacional, e diversos veículos de imprensa, se mobilizaram em prol da campanha de Bernadete. Em entrevista à revista americana TIME, disse: “Minha morte será mais útil que minha vida. O povo não esquecerá". Em janeiro de 1958, a primeira dama Sarah Kubitschek atendeu ao pedido de Bernadete e a presentou com uma viagem à Lourdes, na França. Lá, a professora foi em busca de um milagre. Após a visita, voltou para Paris, onde faleceu no Hospital Saint Michel em 09.02.1958. Seu corpo foi embalsamado em meio a rosas cravo e veio no navio dinamarquês Norspol até Recife, onde de lá, foi embarcado para Currais Novos em um avião especial da Força Aérea Brasileira. Seu sepultamento em 13.03.1958 contou com uma multidão incalculável.

(Bernadete nomeia rua, UBS do centro, e Biblioteca Pública em Lagoa Nova)

Pesquisa: Arquivos jornais (fotos do post)

#CurraisNovos100 #CurraisNovos #Saúde

 

u com uma viagem à Lourdes, na França. Lá, a professora foi em busca de um milagre. Após a visita, voltou para Paris, onde faleceu no Hospital Saint Michel em 09.02.1958. Seu corpo foi embalsamado em meio a rosas cravo e veio no navio dinamarquês Norspol até Recife, onde de lá, foi embarcado para Currais Novos em um avião especial da Força Aérea Brasileira. Seu sepultamento em 13.03.1958 contou com uma multidão incalculável.

(Bernadete nomeia rua, UBS do centro, e Biblioteca Pública em Lagoa Nova)

Pesquisa: Arquivos jornais (fotos do post)

#CurraisNovos100 #CurraisNovos #Saúde

Fonte: João Bezerra Júnior

 

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