quarta-feira, 16 de outubro de 2024

 BOMBA!!

Eólicas registram prejuízo de R$ 1,4 bilhão e suspendem investimentos

Rombo financeiro tem comprometido as operações atuais e já levou empresas a congelarem planos bilionários de investimentos no país

 


BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - As maiores empresas de energia eólica que atuam na região Nordeste do país contabilizam um prejuízo de R$ 1,4 bilhão com seus empreendimentos, rombo financeiro que tem comprometido as operações atuais e que já levou empresas a congelarem planos bilionários de investimentos no país.

A origem do problema envolve desde limitações técnicas e regras do setor elétrico para transmitir a energia produzida pelos parques eólicos do Nordeste, até atraso em linhas de transmissão e subestações, impondo restrições ao que cada gerador poderia entregar.

A Folha de S.Paulo teve acesso ao conteúdo de uma reunião feita na última semana de agosto entre executivos das empresas e representantes da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

O encontro teve a participação de empresas como CPFL, EDP, Engie, SPIC e Voltalia, donas de grandes parques eólicos no Nordeste. O objetivo era detalhar os prejuízos que cada companhia tem sofrido com o corte imposto na geração, principalmente nos estados do Ceará e Rio Grande do Norte.

A CPFL relatou que já registrou pelo menos R$ 200 milhões em prejuízos neste ano. A EDP informou que tem sofrido com cortes acima 30% em seu potencial de geração, com cerca de R$ 3 milhões de prejuízo por semana.

A SPIC, que atua com eólicas e painéis solares, falou em perdas de 65% e prejuízo de R$ 10 milhões por mês. No caso da Voltalia, cerca de 80% de sua potência total de 1.500 megawatts (MW) instalados no país chegaram a ser cortados, resultando em um prejuízo de R$ 111,2 milhões entre janeiro e setembro de 2024.

No encontro, os executivos expuseram os dados e falaram em risco iminente de calotes em cascata, envolvendo pagamentos de dívidas com bancos, operações de manutenção das plantas e até de aluguéis de terrenos onde ergueram seus cata-ventos. Numa apresentação feita durante o encontro, afirmaram que há "risco de destruição de um setor que ganhou em credibilidade e exemplaridade no mundo".

A grita não é por acaso. Pelas regras do setor elétrico, cada gerador de energia tem contratos firmados para entregar um determinado volume de energia.

Matéria completa no Jornal Estado de Minas.

 

 

 

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