O deputado Fernando Mineiro, único representante do PT na Assembléia Legislativa deu entrevista na manhã desta terça-feira (13) ao Jornal da 96 FM de Natal. O deputado voltou a reafirmar que o compromisso do PT será com o palanque da ministra Dilma Roussef (PT) no Rio Grande do Norte. Mineiro não acredita que o senador Garibaldi Filho e o deputado Henrique Eduardo Alves dividam o PMDB. O deputado admitiu a preferência de Garibaldi por Rosalba, mas acredita que ele siga o PMDB nacionalmente com Dilma.
"A minha leitura é que ele vai dizer a Lula que vai seguir a orientação do PMDB nacional, até porque não poderia ser diferente, pela questão da fidelidade. Mas, sinceramente eu não tenho nenhuma expectativa que as coisas se resolvam em uma conversa essa semana", afirmou sobre o encontro de Garibaldi com Lula.
Sobre as últimas conversas da governadora Wilma de Faria (PSB) com o presidente da Assembléia, deputado Robinson Faria (PMN) e o vice-governador Iberê Ferreira de Souza (PSB), em relação à antecipação do nome para disputar o Governo, Fernando Mineiro admitiu que o PT não tem sigo comunicado de nada. "Não tivemos nenhuma informação dessas últimas conversas", informou lembrando que o PT teve uma conversa com o PSB nas últimas semanas e Wilma teria confirmado que busca uma definição logo do candidato.
PT e PMDB praticamente fecham acordo sobre chapa para 2010
O atual presidente do PT, Ricardo Berzoini (SP), mantém contato permanente com os peemedebistas e afirmou à ABl que a aliança já está fechada com 80% do partido.
“Essa é uma aliança estratégica não só politicamente, mas para governar o país. Já falei com o PMDB. Os peemedebistas podem, publicamente, assumir que são vice da gente”, disse Berzoini.
Para consolidar essa união, no entanto, os peemedebistas correm contra o tempo. Até novembro, o partido realiza convenções regionais para eleger os novos diretórios e serão justamente essas pessoas que decidirão, na convenção nacional do partido em junho de 2010, que rumo o PMDB tomará nas eleições presidencial. A cúpula do PMDB está afinada com a cúpula, petista mas há resistências regionais.
O Rio Grande do Norte é um exemplo. O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e ex-presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), disse que essa aliança entre petistas e peemedebistas ainda está por ser decidida. Ele condiciona as definições das alianças estaduais como pré-requisito para se começar a conversar a respeito de aliança nacional.
“Se colocarmos a situação nacional de imediato até que poderemos obter o consenso, mas ficaremos devendo uma solução nos estados, que tenha o mesmo êxito”, afirmou Garibaldi Alves.
O peemedebista acrescentou que não vê problemas em se fechar uma aliança nacional com o PT, entretanto tem dúvidas se este seria o melhor momento de o PMDB discutir um nome para a vice-presidência numa futura campanha presidencial. “O problema é que com relação ao estado [Rio Grande do Norte] há algumas divergências e a partir do momento em que se antecipar essa discussão pode-se gerar problemas no partido.”
Na semana passada, outros peemedebistas reclamaram desta “pressa” da cúpula do PMDB de fecha uma aliança nacional com o PT para 2010. Os senadores Pedro Simon (RS) e Geraldo Mesquita Júnior (AC) discursaram em plenário condenando a iniciativa da cúpula partidária de amarrar um acordo com o presidente Lula e o PT sem consultar as bases do partido.
O vice-líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), no entanto, é um dos articuladores da futura aliança que garante a indicação da vice-presidência numa eventual campanha de Dilma Rousseff. Para ele, o assunto já foi debatido o bastante no partido, e a hora de fechar o acordo é agora.
“Quem está falando contra [o acordo do PMDB com o PT] que dispute na convenção [nacional de 2010]”, disse o parlamentar Eduardo Cunha. Ele destacou que a maior parte dos dirigentes estaduais de hoje são favoráveis à aliança com o PT. Entretanto, esse quadro pode não ser o mesmo a partir de novembro, quando o PMDB terá definido os novos representantes dos diretórios estaduais que decidirão, em junho de 2010, o rumo do partido na sucessão presidencial.
Fonte:Agencia Brasil
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