Sedentarismo atinge 74% da população do Rio Grande do Norte
O Rio Grande do Norte tem mais de 74% da população adulta com sobrepeso ou obesidade. O sedentarismo é um dos fatores que mais contribui para o aumento deste quadro, associado a hábitos alimentares inadequados.
O dado é do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional
(Sisvan) do Ministério da Saúde. Estes números são maiores do que a
média da região Nordeste (67,66%) e do Brasil (69,17%). O órgão aponta
que, em 2024, apenas 24,11% da população adulta do estado vive com o
peso ideal. “O sedentarismo contribui para o aumento da obesidade ao
reduzir o gasto calórico e o metabolismo, levando ao acúmulo de gordura
corporal”, explica o profissional de Educação Física Wesley Pinheiro.
A inatividade física favorece a perda de massa muscular, que é
mais metabolicamente ativa que a gordura, diminuindo a queima de
calorias. “Além disso, o sedentarismo costuma estar associado a hábitos
alimentares inadequados e a alterações hormonais, como na regulação da
insulina e da leptina, o que facilita o ganho de peso”, ressalta.
Esforço
Para as pessoas sedentárias e que desejam mudar
seus hábitos, o professor orienta a começar a prática de exercícios
físicos de maneira gradual, tendo como principal objetivo a consistência
e alinhando expectativa com realidade. “Algumas pessoas acabam
desistindo por achar que ter resultados é algo rápido e não requer muito
esforço”, afirma.
Buscar atividades prazerosas e, se possível, na companhia de
alguém que gosta, também é uma dica importante. “O ideal é combinar
exercícios aeróbicos, como corrida, ciclismo, remo etc., com musculação,
como sempre indico aos meus alunos aqui na Pulse”, diz Wesley.
Os aeróbicos aumentam o gasto calórico e o condicionamento
cardiovascular, enquanto a musculação é importante para manutenção e
aumento da massa muscular, o que aumenta o gasto calórico de repouso e
ajuda a manter o peso durante o emagrecimento. “Existe ainda a opção de
modalidades com componentes dos dois (musculação e exercícios
aeróbicos), como por exemplo o Crossfit e treinamento em circuito, onde
se pratica atividades intensas em um menor espaço de tempo”, finaliza o
profissional.
Fonte: TN
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